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por DAIANE HORTÊNCIA BENTO VIEIRA hace 4 años

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Preparação Histológica

O processo de preparação histológica envolve várias etapas críticas para garantir a preservação e análise adequada dos tecidos. A fixação é uma das fases iniciais e fundamentais, onde se utilizam fixadores como formaldeído, glutaraldeído, cloreto de mercúrio, ácido pícrico e etanol.

Preparação Histológica

Daiane Hortência - 002202002063

Julie Kobayashi - 002202002264

Preparação Histológica

6° etapa

COLORAÇÃO
Há diversos tipos de corantes utilizados, naturais ou artificiais, que podem se ligar a estruturas celulares específicas, de acordo com sua afinidade química (MICHALANY, 1990; SOUZA JUNIOR, 2010). A coloração dos tecidos pode ser feita através de corantes, de reações químicas especiais (histoquímica) ou de deposições metálicas (MICHALANY, 1990).
Após os procedimentos realizados, as células se encontram incolores, transparentes. Portanto, para que seja possível sua visualização em microscópio óptico, é necessário que os tecidos sejam corados.

4° etapa

PROCESSAMENTO
INCLUSÃO

Na inclusão a parafina envolve o exterior da peça e, após esfriar e endurecer, forma um bloco que será submetido posteriormente à microtomia (AARESTRUP, 2012).

IMPREGNAÇÃO

São vários os materiais utilizados para esse fim, como parafina, resina, ágar, gelatina, parafina plástica, goma arábica, polietileno glicol, parafina esterificada e celoidina (SUVARNA; LAYTON; BANCROFT, 2013; SOUZA JUNIOR, 2010), porém as mais utilizadas no processamento histológico de rotina são a parafina e a resina.

Nessa etapa, as peças são infiltradas por alguma substância de consistência firme para que adquiram rigidez suficiente e seja possível a realização de cortes finos.

DIAFANIZAÇÃO

Dentre os produtos diafanizadores conhecidos estão o xilol, toluol, benzeno, óleo de cedro e os solventes universais acetato butílico, dióxido dietileno e benzoato metílico (SOUZA JUNIOR, 2010)

Como dito anteriormente, a parafina é insolúvel em água, e muito pouco em álcool. Desta maneira, faz-se necessário que o álcool presente nas peças após o processo de desidratação seja substituído por um produto com o qual a parafina tenha afinidade (MICHALANY, 1990).

DESIDRATAÇÃO

Diversas substâncias desidratantes são eficazes, variando apenas o tempo de desidratação. Entre elas, pode-se citar os álcoois butílico, isopropílico e metílico, a acetona, o éter, o clorofórmio e o óxido propileno (MICHALANY, 1990; CAPUTO; GITIRANA; MANSO, 2010).

O material biológico, mesmo após a fixação, ainda retém cerca de 85% de água em seu interior (MICHALANY, 1990) e, como se sabe, a parafina é um produto derivado do petróleo, portanto, insolúvel em água. Desta forma, para que ela consiga penetrar no tecido processado, é necessário que a água presente seja retirada.

O processamento técnico propriamente dito consiste em uma preparação para que as peças sejam, posteriormente, emblocadas em parafina (ou produtos similares) e cortadas em fatias muito finas, a fim de que possam ser observadas as estruturas teciduais em microscópio óptico (CAPUTO; GITIRANA; MANSO, 2010).

2° etapa

FIXAÇÃO
Fixadores usados: formaldeído 4% gluteraldeído, cloreto de mercúrio, ácido pícrico e etanol.
Além de interromper o metabolismo celular, conservando o aspecto natural dos tecidos, a fixação estabiliza as estruturas bioquímicas intra e extracelulares, permite a penetração de outros reagentes necessários no decorrer de todo o processamento histológico (como os agentes de coloração, por exemplo), impede que o tecido seja colonizado por micro-organismos e faz com que a amostra comece a endurecer (MICHALANY, 1990; CAPUTO; GITIRANA; MANSO, 2010, AARESTRUP, 2012).
A fixação é a fase destinada a interromper o processo de autólise pelo qual qualquer tecido passa ao ser retirado do organismo ou após a sua morte (CAPUTO; GITIRANA; MANSO, 2010).

5° etapa

MICROTOMIA
O equipamento utilizado para a obtenção dos cortes é o micrótomo, composto por três peças principais: o corpo, o porta-bloco e o porta-objeto, além da navalha. Há vários tipos de micrótomo, como o criostato, o micrótomo de congelação, o ultramicrótomo, o do tipo serra e o vibratório.
Para que seja possível analisar um tecido em microscópio óptico, é necessário que esteja disposta na lâmina uma seção bem fina do tecido. Rotineiramente, nos laboratórios recomenda-se a espessura de 4 a 6 micrômetros, que é a espessura ideal para a passagem de luz e evidenciação do tecido em microscópio (MICHALANY, 1990; CAPUTO; GITIRANA; MANSO, 2010).

3° etapa

CLIVAGEM
Por padrão, os fragmentos teciduais devem ter cerca de 3 mm de espessura, mas em 35 alguns casos o fragmento pode chegar a 5 mm (CAPUTO; GITIRANA; MANSO, 2010).
Após o processo de fixação, é necessário que seja feita a clivagem do material, ou seja, reduzir o tamanho das peças com o intuito de facilitar a penetração da substância fixadora em menor tempo, evitando assim, o processo de autólise (MICHALANY, 1990).

1° etapa

COLETA DE MATERIAL
Para que uma amostra de tecido seja analisada microscopicamente, é preciso, antes de tudo, que seja retirada do organismo, vivo ou morto, por meio de biópsia e/ou durante uma cirurgia, ou necropsia, respectivamente (CAPUTO; GITIRANA; MANSO, 2010). OBS.: A espessura ideal é de 4-6 mm.