Ensinar a compreensão

1. As duas compreensões

Compreensão intelectual e objetiva

r

Inteligibilidade e explicação.A compreensão intelectual passa pela inteligibilidade e pela explicação. Explicar é considerar o que falta conhecer como um objecto e aplicar todos os meios objectivos de conhecimento.Pág 100 (Edgar Morin)

Compreensão humana intrasubjetiva

r

Compreender, idealizar, identificar e simpatizar com o outro.A compreensão humana ultrapassa a explicação. A explicação é suficiente para a compreensão intelectual ou objectiva das coisas anónimas ou materiais. É insuficiente para a compreensão humana.Pág 101 (Edgar Morin)

2. Uma educação para os obstáculos à compreensão

r

Os obstáculos exteriores à compreensão intelectual ou objectiva são múltiplos.Por exemplo:Ruído que cria mal-entendidos ou não-entendido;Polissemia de uma noção;Ignorância dos costumes;Incompreensão dos valores culturais;Incompreensão das éticas;Incompreensão da visão do Mundo;Incompreensão de uma estrutura mental em relação à outra.Pág 101 e 102 (Edgar Morin)

2.1. Egocentrismo

2.1. Egocentrismo

r

Auto-justificação, auto-glorificação e a tendência de imputar ao próximo, seja estranho ou não.A Self-Deception é um jogo rotativo complexo de mentira, sinceridade, convicção e duplicidade.Pág 103 (Edgar Morin)

2.2. Etnocentrismo e Sociocentrismo

2.2. Etnocentrismo e Sociocentrismo

r

Alimentam a xenofobia e racismos e podem ir até ao ponto de retirar ao estrangeiro a qualidade de humano.Pág 104 (Edgar Morin)

2.3. Espírito redutor

2.3. Espírito redutor

r

Modo de pensar dominante, redutor e simplificador, aliado aos mecanismos de incompreensão que determina a redução de uma personalidade, múltipla por natureza, a um só dos seus traços.Pág 104 e 105 (Edgar Morin)

3. Ética da compreensão

r

É a arte de viver que nos solicita primeiro compreender de forma desinteressada.Exemplo: Aquele que é ameaçado de morte por um fanático compreende porque é que o fanático o quer matar, sabendo que aquele nunca o compreenderá.Ética da compreensão solicita-nos compreender a incompreensão. A compreensão não desculpa.Pág 106 (Edgar Morin)

3.1. O "Bem pensar"

3.1. O "Bem pensar"

r

É o modo de pensar que permite apreender em conjunto o texto e o contexto, o ser e o seu ambiente, o local e o global, o multidimensional, resumindo o complexo, quer dizer as condições do comportamento humano.Pág 106 (Edgar Morin)

3.2. Introspecção

3.2. Introspecção

r

Prática mental e auto-exame permanente de si.O auto-exame crítico permite-nos descentrar-nos relativamente em relação a nós mesmos, por conseguinte reconhecer e julgar o egocentrismo.Pág 107 (Edgar Morin)

5. Compreensão, Ética e cultura planetárias

5. Compreensão, Ética e cultura planetárias

r

Devemos ligar a ética da compreensão entre pessoas com ética da era planetária.As culturas devem aprender umas com as outras.Compreender é também aprender e re-aprender constantemente.Quando se trata de arte, de música, de literatura, de pensamento, a mundialização cultural não é homogéneo.A compreensão entre sociedades supões sociedades democráticas abertas, o que significa que o caminho da compreensão entre culturas, povos e nações passa pela generalização das sociedades democráticas abertas.Pág 109 (Edgar Morin)

M

r

A compreensão do próximo que necessita da consciência da complexidade humana.Pág 107 (Edgar Morin)

4.1. A abertura subjectiva (Simpática) para com o próximo

4.1. A abertura subjectiva (Simpática) para com o próximo

r

Estamos abertos a alguns próximos privilegiados, mas continuamos a maior parte do tempo fechados para com o próximo.Através do cinema e da projecção e identificação daquilo que vemos na vida real simpatizamos e compreendemos o outro.Com base na página 108 (Edgar Morin)

4.2. A interiorização da tolerância

r

Supõe uma convicção, uma fé, uma escolha ética e, ao mesmo tempo, a aceitação que sejam expressas as ideias, convicções, escolhas contrárias ás nossas.A tolerância pressupõe um sofrimento em suportar a expressão de ideias negativas ou, segundo nós, prejudiciais e uma vontade de assumir esse sofrimento.Pág 108 (Edgar Morin)

Existem 4 graus de tolerância

1º: Expresso por Voltaire

r

Constringe-nos a respeitar o direito de proferir um propósito que nos parece desrespeitador.

2º: Inseparável da opção democrática

r

É próprio da democracia alimentar-se de opiniões diversas e opostas; assim o principio democrático ordena a cada um que respeitar a expressão das ideias contrárias das suas.

3º: Obedece à concepção de Niels Bohr

r

O contrário de uma ideia profunda é uma outra ideia profunda, ou seja, existe uma verdade na ideia contrária à nossa, e é esta verdade que é preciso respeitar.

4º: Consciência das possessões humanas

r

Pelos mitos, ideologias, ideias ou deuses.A tolerância vale com certeza para as ideias, não para os insultos, agressões, actos homicidas.

Educação Básica 1º ano
Ana Filipa
Ana Silva
Daniela Teixeira
Mariana Silva