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by Marcella Nobre 3 years ago

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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PRÉ-OPERATÓRIO

A avaliação fisioterapêutica no pré-operatório é essencial para prever e minimizar riscos de complicações pulmonares e cardíacas em pacientes que serão submetidos a cirurgias, especialmente as torácicas.

AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PRÉ-OPERATÓRIO

AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PRÉ-OPERATÓRIO

Força muscular periférica

A sarcopenia é o fator mais significativo na redução da força muscular periférica e respiratória, portando, utiliza-se os seguintes instrumentos para avaliação da força muscular periférica.
Bioimpedãncia
Timed Up and Go (TUG)
Equação de Novaes

Referência para predição da força de preensão manual em brasileiros de meia idade e idosos

Força muscular respiratória

Power Breathe
Modelo K5

Não possui a função de manuovacuometria, realizando a estimativa da força em função do fluxo mobilizado

Modelo KH2

Mais atual. Realiza todas as funções inclusive de manuovacuometria

Manuovacuômetro digital
Nos dá o valor e a visualização de curvas das pressões de pico, pressão inspiratória máxima e platô
Manuovacuômetro anaógico

Autonomia das Atividades Básicas de Vida

CIF
Avaliação mais ampla de biopsicossocial afim de direcionar o tratamento
Equivalentes Metabólicos (MET's)

10 METS ou mais: exemplo de atividades como esportes extremos

5 a 9 METS: exemplo de atividades como subir escadas, caminhar em terrenos inclinados

3 a 4 METS: exemplo de atividades como vestir-se, comer ou usar toalete sem ajuda.

Medida de Independência Funcional (MIF)
Utilizado para avaliar o desempenho nos domínios motor e cognitivosocial
Índice de Barthel
Desenvolvido para acompanhar a evolução funcional composto por atividades como alimentação, banho, atividades rotineiras, vestir-se, intestinal, urinário e etc.

Estratificação de Risco

Classificação de Personnet
Prevê a chance de óbito em cirurgias cardíacas

Leva em consideração o gênero, obesidade mórbida, diabetes, hipertensão, fração de ejeção, reoperações; balão intra-aórtico no pré-op; aneurisma de ventrículo esquerdo; cirurgia de emergência pós estudo hemodinâmico; estados catastróficos; outras condições; cirurgia valvar mitral; pressão da artéria pulmonar>60mmHg; cirurgia valvar aórtica; gradiente VE - Ao>120mmHg; cirurgia combinadaco

Ariscat
Prevê a taxa de complicações pulmonares

Leva em consideração fatores como idade, saturação de oxigênio no pré operatório; infecção respiratória no último mês; anemia pré operatória; incisão cirúrgica; duração da cirurgia

Índice de Risco
Prevê complicações pulmonares em pacientes que realizaram algum tipo de ressecção pulmonar através do somatório dos seguintes índices:

Índice de Risco Pulmonar (IRP)

Contempla as seguintes variáveis: IMC > 27kg/m2; fumo até 8 semanas do procedimento; tosse produtiva até 5 dias do procedimento; chiado difuso ou roncos até 5 dias do procedimento; VEF/CVF < 70%, PaCO2 > 45 mmHg

Índice de Risco Cardíaco (IRC)

Contempla as seguintes variáveis: ICC, IAM nos últimos 6 meses; acima de 5 extra-sístoles/minuto; ritmo diferente do sinusial; idade > 70 anos, estenose aórtica importante; condição clínica ruim.

Perioperative Respiratory Therapy (PORT)
Prevê o risco de complicações pulmonares de pós operatório de cirurgias, principalmente torácicas e leva em consideração situações clínicas como:

Idade superior a 65 anos

Espirometria

História pulmonar (fumante atual; tosse ou expectoração, doença pulmonar)

Local de cirurgia (torácica, abdominal alta, outro)

Obesidade superior a 150% do peso corpo ideal

EuroSCORE
Preditor de risco de mortalidade em pacientes submetidos em cirurgia cardíaca

Anamnese

Tabagismo
Patologias preguessas
Idade

Exame físico

Ausculta pulmonar
Tiragem intercostal
Expansibilidade torácica
Simétrica ou assimétrica
Cianose
Periférica; central; mista
Expansibiliddade torácica
Padrão respiratorio
Basal; apical; misto
Antopometria
Peso; altura; IMC; relação cintura/quadri; % de gordura; etc.
Dispneia
MRC modificada
Escala de Bord
Secreção
Qauntidade; coloração; presença de odor
Tosse
Eficaz; ineficaz; produtiva; improdutiva.
Tipo de toráx
Normal; tonel; carinnatum; pectus escavatum; retrações; e outras deformidades

Volumes e Capacidades Pulmonares

Irá determinar se o paciente apresenta uma condição de normalidade; distúrbio obstrutivo; distúrbio misto; distúrbio restritivo.
Realizado através da espirometria