NEMATÓIDES

Dormência

Metabolismo baixo ou nulo

Sobrevivência por longo tempo sob condições
adversas

Anguina tritici - no interior de galhas do grão do trigo por até 35 anos

Ditylenchus dipsaci - 23 anos

Sintomas por nematóides

sistema radicular

Muito pobre ou com excesso de raízes laterais, raízes amputadas (Trichodorus e Paratrichodorus)

lesões internas de coloração escuras (Pratylenchus e Radopholus)

Galhas (Meloidogyne sp.)

Cistos(sinal) (Heterodera)

Rachaduras em batata-
doce pipocas em tubérculos e raízes

Estrutura do corpo

Cutícula

Função de exoesqueleto flexível e
barreira protetora

Estrias transversais pouco evidentes

Família Criconematidae com anelação evidente

Hipoderme

Camada superficial que forma a cutícula

Musculatura somática

É formada de grandes células fusiformes orientadas longitudinalmente, constituída de uma parte contrátil e outra não-contrátil

Regiões do Corpo

Região esofagiana

Cavidade bucal

Esôfago

Região mediana

Intestino

Gônadas

Aparelho Digestivo

Tubo que se estende da abertura oral ao ânus

Regiões

Estomodeo (cavidade bucal e esôfago)

Mesêntero (intestino)

Proctodeo (reto)

Aparelho reprodutor

Feminino

Nematóide didelfo (2 úteros) ou monodelfo (1
útero)

ovos de 50 a 100 µm X 20 a 50 µm

Masculino

Testículo, vaso deferente e canal ejaculador que se
abre ventralmente formando a cloaca

Órgãos de cópula (espículos,bolsa-de-cópula, papilas genitais)

Pratylenchus

2° gênero importante no Brasil

~10 espécies – Pratylenchidae
P. brachyurus, P.coffeae, P. zeae...

Endoparasitas migradores

Parênquima cortical

Radicelas infestadas sofrem invasão
por fungos e bactérias -> lesões escuras

Sintomas

Sistema radicular reduzido com áreas necrosadas nas radicelas

Reboleiras

Aphelenchoides besseyi

Ponta Branca do Arroz - 1969 – RS

Atualmente em todas regiões produtoras – 10-46% de perdas, principalmente em arroz irrigado

Clorose no ápice das folhas, que se torna esbranquiçado

A semente é a principal via de disseminação - Outras gramíneas - hospedeiros

Ditylenchus dipsaci

Causa grande prejuízo em alho. Até 100 % de perdas na lavoura (SC)

Nematóide da haste e do bulbo

As plantas atacadas ficam com as cabeças esbranquiçadas, chochas e com as raízes danificadas. O controle é preventivo utilizando materiais sem contaminação, rotação de culturas e evasão da área.

No Rio Grande do Sul, existe também a exigência, desde 1992, de Zero % de Ditylenchus dipsaci em bulbilhos sementes

Rotylenchulus

R. reniformis – nematóide reniforme - Algodão, soja, café, feijão, etc.

Ectoparasita sedentário - Sistema radicular pobre e raso - Radicelas de tonalidade clara

Radopholus

R. similis – nematóide cavernícola - Ampla distribuição geográfica na cultura da
banana

Endoparasita migrador - Dimorfismo sexual evidente

Cada ciclo dura 3-4 semanas - Lesões necróticas de cor avermelhada nas raízes e rizomas com áreas necróticas rasas.

Tombamento de plantas (vento) - Cachos pequenos - Mudas infestadas

Manejo Agroecológico de Doenças em Plantas

Forma e Tamanho

Organismos tubulares alongados, de diâmetro praticamente constante.

Macho e fêmea são semelhantes na maioria das espécies

Dimorfismo sexual: fêmeas de certos gêneros são mais largas e sedentárias/ machos esguios

Tamanho: (geralmente) 1-2 mm de comprimento 20-50µm de diâmetro

Culturas hospedeiras

Soja

Cana-de-açúcar

Algodão

Milho

Café

Citros

Tomate

Fatores que afetam nematóides

Ambiente do solo

Maioria até 30 cm

Raízes que ficam no solo podem servir de hospedeiras por até 5 anos

Prejuízos maiores em solos arenosos

Temperatura

Ótima: 15-30oC

Inativos; 5-15oC e 30-40oC

Letais: abaixo ou acima desses limites

Umidade

Presença de água é essencial

40-60% da capacidade de campo é ideal para eles

Meloidogyne

Gênero descrito no Brasil por Emilio Goeldi em 1857. M. exigua em cafeeiro no Rio.

Causam galhas

+ de 50 espécies descritas, porém 4 mais importantes

M. arenaria

M. hapla

M. incognita

M. javanica

Fases de Meloydogine

O juvenil infestante atravessa o parênquima cortical e se aloja na periferia do cilindro central, na endoderme/ periciclo, e ali incita a formação de 3 a 8 células nutridoras.

Sintomas diretos

Galhas:

hiperplasia e principalmente hipertrofia no cilindro central. Em café são ausentes, em milho, arroz são muito pequenas, em batata são “pipocas”

Redução no volume do sistema radicular

Descolamento cortical

Raízes digitadas

Rachaduras

Sintomas reflexos

Tamanho desigual de plantas/ formação de “reboleiras”

“Fome de minerais’

Murcha

Desfolhamento

Mudanças em características varietais e diminuição na produção

Controle de meloidoginoses

Evitar a introdução de nematóides em áreas isentas

Rotação de culturas

Resistência genética

Incorporar matéria orgânica no solo

Em canteiros pode-se usar solarização

Plantio de Crotalaria spectabilis como cultura armadilha – Pessegueiro

Heterodera

Nematóide dos cistos - Família Heteroderidae

Não provocam galhas, migram até o cilindro central. Durante o crescimento dos juvenis, o nematóide rompe o córtex e a epiderme, expondo a parte posterior do corpo. Mantêm-se presas pelo pescoço

Cisto pardo-escuros (aspecto de “couro”), onde os ovos podem permanecer por até 8 anos. Podem ser levados por vento, água de irrigação, maquinaria, animais, etc

3-6 gerações por ciclo da soja. Ataca diversas fabáceas

Controle

Rotação de culturas
(ex. milho, milheto estimula o biocontrole natural)

Semeadura direta. Resistência: raça 3 (cv. Renascença)

Tylenchulus

T. semipenetrans – nematóide dos citros - Perdas de 10% - Não é nativo do Brasil

Ectoparasitas sedentários - Parasita poucas plantas (videira)